Ping pong | Conversas sobre identidade visual

autor: Ronei Sampaio
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Esse texto foi desenvolvido a partir de interações de Amí com seus seguidores nas redes sociais. São dúvidas de pessoas reais sobre o desenvolvimento de identidades visuais e sobre o universo em torno delas. Transformadas em um post porque acreditamos que esse bate-papo virtual pode contribuir com mais empreendedores, responsáveis pelo setor de comunicação e design de organizações ou mesmo interessados no universo do design de um modo geral.

Ótima leitura! 


P: EXISTE DIFERENÇA ENTRE IDENTIDADE VISUAL E MARCA?

R: Do ponto de vista teórico, a marca é um conjunto de ideias e percepções que são construídas ao longo do tempo a partir da relação entre as entidades e seus públicos. Nesse processo, as organizações investem em planejamentos estratégicos de marca exatamente para ter um papel ativo na constituição dessas percepções e contribuir para associações positivas. A identidade visual é parte desse planejamento e é considerada um ponto de contato privilegiado entre as organizações e seus públicos. Por aqui, gostamos muito da definição da Maria Luísa Peón, de que identidade visual é uma síntese articulada de elementos que singularizam visualmente uma entidade, que a diferencia das demais por seus elementos visuais. É por meio de uma aplicação planejada e coerente que a identidade visual contribui para o reconhecimento das organizações, sendo uma expressão visual (ou interpretação gráfica) de seu modo de ser. 

Em termos práticos, os elementos de uma identidade visual podem incluir logotipo, símbolo, cores, paleta tipográficas (letras escolhidas ou desenvolvidas para a instituição), ilustrações e até determinados parâmetros para a produção ou escolha de fotografias. 


P: QUAL A IMPORTÂNCIA DE UMA IDENTIDADE VISUAL PARA O MEU NEGÓCIO?

R: A identidade visual é um ponto de contato privilegiado entre o seu negócio e seus públicos. Por meio dela, é possível contar uma história – uma narrativa singular dos valores, crenças e a razão de ser da sua iniciativa no mundo. Acreditamos que uma boa identidade visual é um início de conversa e, por isso mesmo, deve abrir portas para a construção e fortalecimento de elos. Também pode ser uma continuação dessa conversa, reforçando ao longo do tempo essas conexões (identidades eficazes precisam ser capazes de surpreender durante a vida da marca). Além da faceta racional, a identidade visual apela de modo único aos sentidos, suscitando emoções e sensações. Olha o tanto de possibilidade! Por isso é importante que esse desenvolvimento seja feito de modo responsável, estratégico e carinhoso <3


P: EXISTEM IMPACTOS SE EU MUDAR A IDENTIDADE VISUAL DA MINHA ORGANIZAÇÃO?

R: Ótima pergunta!

Sempre existe um impacto, já que se trata de uma mudança.

Se a ideia for mudar a estratégia de marca, precisamos mesmo de um estudo mais profundo para entender se a mudança afeta o DNA da marca ou se é mais a ênfase em um ou outro aspecto já existente.

Agora, se for um redesenho (ou modernização) de identidade visual, é possível avaliar os impactos por meio de uma pesquisa de percepção junto ao público de relacionamento da marca. 

Oferecemos sim essa consultoria. 


P: QUERO LANÇAR UM NOVO SERVIÇO QUE NÃO TEM RELAÇÃO COM A MINHA MARCA. O QUE ME SUGEREM?

R: Se o novo serviço não possui relação com a marca atual, é possível escolher um caminho independente, não criando qualquer relação de endosso ou dependência entre as marcas. 

Uma vez que a relação não existe do ponto de vista estratégico, visualmente elas também podem caminhar de modo autônomo.

Sabia que existe uma área do branding dedicada especificamente à organização de marcas e de seus portfolios? É um vasto mundo 🙂


P: JÁ TENHO UM ESBOÇO DA MINHA MARCA. VOCÊS PODEM ME AUXILIAR NA FINALIZAÇÃO?

R: Sempre muito bom quando nossos clientes sugerem ideias e esboços. São um ótimo ponto de partida!

Uma das etapas iniciais (e sagradas!) do nosso trabalho é o de pesquisa. Nessa etapa, olhamos para o mundo interior (a essência do negócio) e para o mundo exterior (mercado, concorrentes, públicos). A ideia é mapearmos oportunidades de inovação e diferenciação. Com os resultados em mãos, conseguimos lançar um novo olhar para o esboço – agora do ponto de vista estratégico. Juntos, podemos decidir se é um caminho a se seguir ou se navegaremos por novos oceanos. Vamos nessa?


P: A UTILIZAÇÃO DE CORES ESPECÍFICAS PODEM CONTRIBUIR PARA QUE EU AUMENTE AS VENDAS DO MEU NEGÓCIO?

R: Essa é uma pergunta interessante e é uma tentação dizer que sim, mas é mais legal ainda entender o porquê. 

A escolha de cor para uma identidade visual pode contribuir para a diferenciação de uma marca em seu setor e, de quebra, reforçar atributos de personalidade. Com isso, algumas marcas vão se tornando proprietárias de algumas cores (alô Nubank) e vão vencendo na disputa pelos sentidos dos públicos. Então, a escolha de cor é tanto desafiadora quanto importante para uma boa identidade visual porque deve ser feita de modo muuuuuiiito criterioso, com um olho nas sensações que algumas já trazem por convenção social e o outro na estratégia de negócios. 


P: SERÁ QUE CABE NO MEU BOLSO?

A pergunta de um milhão de dólares! 
Mentiraaaaaa

Uma identidade visual completa, feita com pesquisa, critério, cuidado (e carinho) e com a documentação técnica adequada é um investimento tão importante quanto a troca de um piso da loja, uma luminária MARA ou algo do tipo. O que queremos dizer que é algo que vai durar muito e que, por ser um importante ativo do seu negócio, é sempre um investimento que vale a pena.

Sobre valores, depende muito do escopo do projeto. Aqui em Amí, a gente oferece condições chuchus de pagamento para projetos que duram e fazem a diferença. 

Chega mais!


P: QUAIS AS CARACTERÍSTICAS DE UMA IDENTIDADE VISUAL AUTÊNTICA?

R: Excelente questão <3

A primeira característica é ser uma expressão genuína da empresa, negócio social, festival ou qualquer iniciativa que represente. Por isso, acreditamos que boas identidades se guiam menos por modismos e mais por uma junção entre estratégia da negócio e pesquisa sobre o que está rolando no mundão lá fora. 

Além disso, ela precisa ser versátil e facilitar a vida de quem for fazer a comunicação nas mais diversas plataformas. A gente gosta da metáfora de que boas identidades são caixas de ferramenta recheadas de recurso para que a comunicação explore no cotidiano das marcas.

Ah, tem um texto legal sobre isso no nosso blog, chama-se “Sete ou oito itens para um checklist de boas identidades visuais” . Ficaremos felizes se você passar por lá 😉


P: QUAL É O PROCESSO MAIS DIFÍCIL NA CRIAÇÃO DE UMA IDENTIDADE VISUAL?

R: Sem dúvidas é o processo de implementação, que é quando o projeto sai da “virtualidade” para o mundo real. É a fase mais complexa porque é o momento em que lidamos com muito empolgação, mas também com ansiedade e aquela pulguinha da insegurança – coisas que toda mudança causa, não é mesmo?

A nossa receita pra isso é um bom planejamento de implementação, com fases demarcadas com indicação de escopo e tempo. Em Amí, a gente faz um acompanhamento de até três meses após a finalização do trabalho para auxiliar nesse processo 😉 


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Chegou até aqui e gostaria de conferir o nosso processo para o desenvolvimento de identidades visuais singulares? Só clicar aqui. Ficaremos felizes em trocar uma boa ideia sobre como a comunicação e o design podem impulsionar sua iniciativa.

A imagem que ilustra o post é uma intervenção gráfica sobre fotografia de Andrea Piacquadio, disponível em pexels.com

Vamos desenvolver um novo projeto juntos?

Clique aqui e entre em contato para nos contar sua mais nova ideia!


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