Atingidos
Ficha Técnica:
Projeto editorial:
Pabline Felix e Samuel Andrade
Projeto gráfico e diagramação:
Ronei Sampaio
Reportagem:
Samuel Andrade
Impressão:
Gráfico Formato
Apresentação:
Renata Gomes
Em 2016, o Ministério Público de Minas Gerais apresentou à Amí o desafio de construir um livro que contasse sobre sua atuação junto ás comunidades impactadas pelo rompimento da barragem de Bento Rodrigues um ano antes, no dia 5 de novembro de 2015. A publicação tinha grande responsabilidade: registrar a metodologia inovadora de resolução de conflitos desenhada pela equipe do MPMG e acolher, junto aos sujeitos implicados, a sua percepção dessa atuação nesse primeiro ano.
Pensamos o projeto editorial e gráfico tendo como base relatos dos atores: organizações, o Ministério Público, as famílias, os impactos nos territórios mostrados nas fotografias. Tentamos ouvir todos que se sentiam atingidos – e assim batizamos o projeto “Atingidos”.
Além do impacto na vida das pessoas e do ambiente, o desastre de Bento Rodrigues criou junto a seu povoado um contexto completamente novo: audiências, processos, luta por direitos e uma dinâmica de enfrentamentos. O desafio da publicação foi o de abordar a situação por uma perspectiva dos avanços e conquistas. A metáfora visual que utilizamos foi a marca que a lama deixou nas casas e também na memória e na ressignificação desse símbolo como um traço de luta.
O encontro também foi uma grande metáfora para o projeto gráfico. No livro, os elementos estão sempre conectados aos outros: o acontecimento e o povoado; a empresa e os atingidos; o MPMG e os atingidos e entre os próprios atingidos. A ideia de tempo é também forte no projeto e é a linha condutora da narrativa.
O livro foi impresso na face áspera do papel cartão duplex para representar as paredes e a estrutura das casas. Já o miolo foi desenvolvido em pólen bold para tornar a experiência de leitura mais confortável.
Confira abaixo o material e conte conosco para auxiliar a sua organização a contar histórias.
A marca deixada pela lama nas casas a partir do acontecimento foi o fio condutor na narrativa.
O uso de cor no livro divide dois momentos: um primeiro em que há a predominância do marrom – que indica o relação com o acontecimento ainda de maneira bruta – e um segundo em que o azul tom o protagonismo para indicar um olhar mais esperançoso por parte dos atingidos.